Simpósio Exercício clínico na doença oncológica

Simpósio Exercício clínico na doença oncológica

No passado dia 26 de Outubro, no Salão Nobre da Faculdade de Motricidade Humana, realizou-se o simpósio “Exercício Clínico na Doença Oncológica”, organizado pelo Laboratório de Exercício e Saúde em parceria com a Fundação Champalimaud. Este simpósio assinalou o início do Projeto NEO, um projeto concebido para investigar o efeito de dois protocolos de treino distintos – aeróbio e força – em marcadores clínicos e de qualidade de vida em mulheres recém-diagnosticadas com cancro da mama e que se encontram a realizar terapia neoadjuvante.

O simpósio iniciou-se com a comunicação do Professor Luís Bettencourt Sardinha que apresentou o enquadramento teórico e metodológico do Projeto NEO, sublinhando a importância do exercício físico e os mecanismos de várias exerquinas no controlo e proliferação da doença oncológica. A Professora Maria João Cardoso, médica e cirurgiã na Fundação Champalimaud e também investigadora do Projeto NEO, contextualizou a doença oncológica mamária do ponto de vista epidemiológico e fisiopatológico.

A Dra. Leonor Vasconcelos de Matos da Fundação Champalimaud, trouxe para a discussão um dos temas mais atuais do exercício clínico: a referenciação médica para contextos organizados de exercício físico.

As alunas de doutoramento do Projeto NEO, Inês Correia e Carla Malveiro, partilharam a experiência e o conhecimento do funcionamento integrado de equipas multidisciplinares, desconstruindo alguns mitos associados à prática de exercício físico em pessoas com cancro.

Fizeram-se acompanhar pela médica Isabel Henriques, que deu o seu testemunho pessoal de diagnóstico de cancro da mama e que partilhou o quão gratificante (e crucial!) foi e é praticar exercício físico durante e após o tratamento oncológico.

A sessão encerrou com a intervenção do Professor Jesper Frank Christensen, da Copenhagen Unversity Hospital, que começou por abordar a importância e a necessidade de se conduzirem mais investigações com o modelo experimental em humanos envolvendo o exercício físico em pessoas com doença oncológica. Depois descreveu os dos fundamentos biológicos através dos quais o exercício físico influencia a proliferação de células malignas e a resposta imunitária intratumoral.

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